quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

PÃO E GENTE terá estreia na 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes 2020

Com muita alegria, compartilhamos que o novo longa-metragem do Tela Suja Filmes, PÃO E GENTE, dirigido por Renan Rovida, vai compor a Mostra Aurora da 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes.

Esse trabalho, realizado em parceria com a Desalambrar Filmes e o Novo Teatro em Ruínas, resulta de muito companheirismo e coletivismo e agora completará seu ciclo chegando ao público.



Confira o site da Mostra:

http://mostratiradentes.com.br/noticia/entre-a-imaginacao-e-o-realismo-selecao-de-filmes-que-integram-a-mostra-aurora-tem-oito-producoes-de-pura-invencao

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quarta-feira, 15 de março de 2017

CRÍTICA SEM CABEÇA



Caros leitores, espectadores ou futuros espectadores do filme SEM RAIZ. Esta é uma resposta à crítica feita por Fabian Cantieri, publicada dia 02 de Março de 2017, na revista eletrônica Cinética ao filme que dirigi, SEM RAIZ, e faço esta resposta por aqui porque os editores Fábio Andrade e Raul Arthuso nos negaram o direito de resposta no mesmo veículo em que foi publicada a crítica, o site da revista – nos ofereceram somente a página no facebook para isso. Recusamos.


INTRODUÇÃO

O filme SEM RAIZ narra momentos decisivos e extraordinários de quatro trabalhadoras urbanas na grande São Paulo: a desempregada que vai vender flores na rua, a trabalhadora do telemarketing que quer abrir uma creche, a corretora de imóveis que quer mudar com o filho para o campo e a professora universitária (substituta) argentina em conflito com a distância de seu objeto de estudo e da práxis de transformação social. Todas histórias com uma ligação profunda com o tema do trabalho e da fome. E em cada uma destas histórias nomeadas com cartelas em seus inícios (Sem Emprego, Sem Lucro, Sem Propriedade e Sin Comunidad), as lutas são individuais pela sobrevivência material conciliada à busca de um sentido maior em suas vidas dentro das possibilidades que têm e podem decidir. Assim, seus sonhos e desejos são achatados, e suas vidas danificadas por uma presença onipresente do capital.

Qual a escolha possível de uma mulher da classe-que-vive-do-trabalho no Brasil hoje?

O filme se alimenta e dá continuidade ao conceito e práxis do distanciamento desenvolvida por Bertolt Brecht, dramaturgo alemão, para que o espectador possa se divertir pensando e refletindo sobre os mecanismos de domínio do capital e de sua naturalização.

Não se trata de um filme sem emoção, mas pelo contrário, as emoções que podem surgir desta relação crítica à narrativa e ao assunto, são emoções novas.

Em cada fragmento das histórias pessoais em seus retratos ficcionais, há espaço aberto para a vida real e o mundo adentrarem a ficção e sujarem a tela entre a câmera e as personagens. O ponto de vista que narra e acompanha essas trabalhadoras, em algum momento as observa com distância imagética e sonora para também dar espaço e tempo suficientes à compreensão.

Ademais, todas as histórias são entrecruzadas por uma personagem assentada rural, integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Este Movimento de luta pela terra, reforma agrária e mudanças sociais existente no Brasil é uma grande força popular desde 1984.

E em contraponto, esta personagem Sem Terra colabora para o distanciamento crítico em relação a estas histórias, entrecruzando cenas de seu cotidiano: ora comentando a trajetória da personagem que ela entrecruza, ora negando estas personagens, ampliando a leitura do próprio assunto abordado em alusão a Eisenstein e à montagem intelectual, procedimento este também utilizado dentro das próprias histórias.

O cotidiano da personagem Sem Terra é contraponto aos momentos extraordinários dos personagens em que o seu entrecruza, mas o processo de conquista de terra no Brasil é forjado de muita luta coletiva e enfrentamento aos grandes poderosos proprietários rurais brasileiros. Mas esta luta é pregressa ao momento retratado da personagem no filme. Está presente como memória e em sua práxis, pois à medida em que trabalhadoras e trabalhadores transformam a realidade do domínio dos grandes latifúndios de terra, também se transformam em pessoas que vivem relações mais comunais e coletivistas.

Assim, há mais semelhança direta à práxis de Eisenstein e Brecht, mas também a Tomás Gutiérrez Alea, pois estes lidaram, cada um a seu modo, com elementos da realidade em transformação para realizarem uma arte dialética, popular e compromissada com a realidade de seu tempo histórico e seus novos sujeitos, incluindo eles próprios.

Para uma vida extraordinária (de luta coletiva e vitória contra os grandes), uma narrativa de momentos cotidianos. Em contraponto às outras personagens que para suas vidas danificadas e acachapantes, narrativas de momentos extraordinários e de mudanças possíveis.

Vale ressaltar que SEM RAIZ também se posiciona contra o alto fluxo de imagens da publicidade, da internet e por boa parte do cinema mundial. Só há cortes dentro da mesma cena, quando há necessidade para acrescentar camadas de sentido à narrativa e ao discurso fílmico, conclamando o público a observar com atenção ao quadro em alusão ao primeiro cinema dos Lumiére, mas com o ponto de vista oposto, porque pertencentes à classe trabalhadora e não ao patronato. Há também a evocação do público a imaginar, com o uso em muitas cenas das personagens movimentando-se para o fora de campo, ampliando com isso a encenação (o mise-en-cène) e extrapolando os limites da tela através do som.

Assim, a imaginação também é requerida e alimentada nas próprias histórias, porque inconclusas no filme, mas possivelmente completadas pela imaginação do espectador ativo. E dialogamos com outro aspecto do conceito brechtiano, a relação ativa do espectador.


APONTAMENTOS

“Quando se está diante do novo, recorre-se ao velho.”
(Karl Marx)


Há um ataque frontal ao Tela Suja Filmes, em uma clara ofensiva de cortar pela raiz o cinema que realizamos pela crítica de Fabian. O crítico em questão exige de nós uma espécie de cartilha de qualidade e se esforça em todo seu texto em desqualificar nosso cinema, como se nós tivéssemos tentado fazer o cinema que ele defende, mas supondo que não somos capazes. Mas se engana redondamente porque não é o que buscamos como cinema. É como se este e outros tantos críticos possuíssem esse padrão de qualidade, talvez comprado em Euros ou Dólares, e o impusessem como uma espécie de ISO 9001 para Cinema, porque veem o cinema e os filmes como mercadorias de exportação para Europa e EUA e SEM RAIZ não se encaixa.

São muitas as confusões políticas, também entre cinema/religião, cinema e política ou mesmo seus critérios do que seja poesia, além da definição sobre o filme como mal ajambrado e canhestro.

Antes de qualquer coisa, é sintomático que o crítico erre o nome do movimento social representado no filme (o que acontece mais de uma vez, não sendo erro de digitação), deixando a entender sua distância e falta de conhecimento destes dois movimentos sociais brasileiros. O movimento retratado no filme é o MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e não o MTST como escreve o crítico em algumas passagens.

Abaixo cito alguns trechos da crítica de Fabian:

"O filme é como uma roda de pregação para crentes – desnecessária a carpintaria, pois o que é preciso mesmo é retomar a palavra de ordem, quantas vezes for necessário”. 

“Um desígnio que vislumbra mas nunca alcança o subterrâneo de nada. Quer nos transmitir um ardor de luta, mas como receber qualquer informação pelo cinema sem a poesia? A razão bastaria ao cinema (ao mundo)? Não seria a palavra, como pura informação, uma mera instrumentalização oca se não recombinada aos signos poéticos do cinema?”

“A esquiva à gramática plano/contra-plano parece só um recurso deliberadamente negado(...) Aqui, a coisa parece mais ideológica, como se o contra-plano fosse algo intrinsecamente americano, imperialista, colonizador, e até o mais básico gesto cinematográfico fosse, às últimas consequências, uma derivação política.”

“Em Sem Raiz , a ficcionalização se apropria do discurso bruto do mundo e o põe em cena – como se fosse possível – sem qualquer lapidação”.

“Uma cena não ganha força pela simples precisão política, nem torna-se crível porque pode estar no mundo, e, sim, porque cabe ao próprio mundo de seu cinema.”

Quais seriam esses signos poéticos e que subterrâneo é este? O subterrâneo da ambiguidade? Realmente a poesia nossa vem do retrato ficcional das personagens atravessadas pela ideologia capitalista, e em contraponto pela práxis política de uma militante do MST, assentada rural. A poesia está entre elas mas também entre cada uma das histórias. É muito mais refinado do que o crítico pode pressupor que conseguimos fazer. Mas fizemos. O filme está aí para quem quiser assistir.

O que lamentamos é que o crítico não fez nenhum esforço para entender o “mundo do cinema” de SEM RAIZ e os cinemas e poéticas com as quais ele dialoga. Suas exigências de crítico podem muito bem ser exercitadas com êxito em qualquer propaganda de agronegócio: com certeza estas atendem as exigências técnicas “bem ajambradas” para o crítico que se revela um excelente nominador infértil.

E sem dúvida nenhuma: até o mais básico gesto cinematográfico é uma tomada de posição política e um ponto de vista, e no nosso caso, crítico. E tudo o que a direção é responsável, juntamente com as outras funções estão de acordo com a proposta estética do filme: opção estética radical de quem vê o mundo desses lados de cá da luta de classes, na qual a ficcionalização que faz com que o espectador remeta a todo momento ao próprio mundo real é essencial para uma atitude crítica. É necessário, no caso de SEM RAIZ que o espectador (crítico profissional ou não) se posicione: e Fabian se posicionou do lado de uma casta dominante.

SEM RAIZ é uma poesia dura, árida, seca e sutil. Mas uma poesia coletiva e posicionada que se inventa como cinema, quer o crítico queira, quer não. Poderia citar o próprio Brecht, Maiakóvski, Thiago de Mello, mas cito o próprio filme, o epílogo de SEM RAIZ: cinco mulheres assentadas rurais lavando e guardando a louça, tomam café e conversam, rememorando o período de luta pela terra, na terra conquistada em que vivem, enquanto chove do lado de fora, visto e ouvido a meia distância, dentro da cozinha. Esta cena termina com a frase de Arlinda da Silva: “... feijão precisa de três águas: uma pra plantar, uma pra florar e outra pra cozinhar”. Poesia da lida, do trabalho, da experiência da vida e da luta. E cito também o que a atriz Carlota Joaquina disse no debate, se referindo à história do bairro da Barra Funda em São Paulo, que historicamente era um bairro de escravos que carregavam até o rio a merda de seus senhores: “Nós aqui (equipe e elenco do filme), somos diferentes entre nós, mas cada um de seu jeito somos todos carregadores de merda!”

E antes de encerrar, é preciso esclarecer ainda mais alguns pontos em que Fabian distorce o filme, os fatos e os acontecimentos históricos em nome de seu projeto de cinema ISO 9001, em uma tentativa traiçoeira de afastar qualquer espectador de SEM RAIZ:

A resposta que a atriz Deborah Hathner deu durante o debate respondia a uma série de questões levantadas pelo cineasta Ernesto de Carvalho para as atrizes, mas principalmente se elas pensaram enquanto faziam o filme, em para quem estavam fazendo e como ele era feito (sem facilitar e mastigar para o público a narrativa, negando o cinema narrativo tradicional que mostra um nascer do Sol para mostrar que amanheceu, por exemplo). Deborah também respondia à questão levantada pelo crítico Rodrigo Pinto de que alguns críticos e cineastas estavam dizendo que o filme idealizava a vida no campo e também, em sua resposta, complementava a resposta da atriz Ruth Melchior às mesmas questões. Com isso, Deborah disse que o filme também a representava politicamente e que existe uma militância dela em diálogo com os sujeitos da luta coletiva retratados no filme, integrantes do MST. E que o posicionamento político do filme é comum à sua prática e suas relações sociais.

Sobre a estrutura narrativa do filme (dividida em capítulos) e o simulacro da estrutura da crítica de Fabian há apenas uma diferença: o crítico não entendeu que SEM RAIZ não se fragmenta em quesitos como os de avaliação de Escolas de Samba, como ele o faz em sua bem ajambrada e preguiçosa crítica. Talvez ele não queira entender o que significa dialética.

Penso não ser por maldade que Fabian separa um plano de cada segmento, e necessariamente, sempre planos com cabeça cortada, mas não faça nenhuma referência à encenação que trabalha o fora de campo, ampliando as dimensões da própria tela e angulando possibilidades de leituras para as cabeças estarem, em parte fora da moldura da tela. O crítico nem tenta entender o porquê destes planos serem dessa forma. Pois dou um exemplo:

No capítulo SEM LUCRO, sobre a cena citada em que a moça chega em casa e o quadro “corta sua cabeça”, essa mulher de cabeça cortada é Débora (Deborah Hathner) que saiu da palestra do Sebrae onde descobriu que para abrir um negócio próprio, não se deve perguntar o que se gosta de fazer, mas sim, primeiramente o que o mercado precisa. Na sequência, Débora come milho em pé em frente ao seu local de trabalho (uma empresa de telemarketing) e entra para trabalhar já com o som do trabalho em off durante sua entrada. Ela chega em casa e sua tia Dinorah (Marilza Batista) está cuidando de uma criança que revela-se na cena, filha de Débora, Nina (Nina Dias). Nina se recusa carinhosamente a cumprimentar a mãe quando esta chega. Débora, cansada, senta-se na cadeira e sua cabeça está acima do limite do quadro, o foco vai para sua tia que senta-se com ela à mesa. Elas conversam. Há um corte. A câmera fecha em sua tia para esta lhe contar uma história que lhe contaram na rua: “Amarrada no Dinheiro”. Esta narrativa dentro da narrativa tem muita força dramatúrgica e de encenação (que a atriz realiza brilhantemente), pois exige que ela trabalhe ora em primeira pessoa (a Tia), ora em terceira pessoa (a narradora), ora assumindo o personagem (que lhe contou a história) e ora como própria atriz, deixando-nos ver o que ela pensa da história contada. Prosseguindo: quando chegamos ao fim deste bloco (SEM LUCRO), a personagem Débora aceita um empréstimo de um agiota (Francis Vogner dos Reis) se comprometendo a se endividar na Casas Bahia. No fim desta cena de empréstimo que se dá na mesma cozinha em que a tia havia contado a história da Amarrada no Dinheiro, há um plano fechado em Débora onde o som ambiente vai saindo lentamente até o silêncio, criando uma suspensão e vemos o rosto de Débora olhando para baixo e sentada à mesa. Se montarmos intelectualmente os dois momentos (Amarrada no Dinheiro e este), veremos que este plano fechado é o perfeito contra-plano do plano onde a tia lhe contava a história Amarrada no Dinheiro, mas com uma trajetória histórica entre esses dois planos. Quem está amarrada no dinheiro e porquê?

Sobre a citação do crítico Thiago Britto sobre outro filme, em relação à falta de urgência de SEM RAIZ, o crítico Fabian não está entendendo nada? Realmente acha que não é urgente tratar do assunto empreendedorismo feminino hoje sem se entregar às emoções fáceis, e ao contrário, com distanciamento crítico a isto? Ele pode não concordar com nosso cinema, mas em relação a isso realmente acredita no que escreveu: que SEM RAIZ não é um gesto de entrega a um cinema radicalmente comprometido com as questões de nosso tempo? Ou se esquece que os direitos trabalhistas estão acabando, que o latifúndio nunca esteve tão presente diariamente na vida das pessoas com o nome de agronegócio e que a maior resistência contra este modelo de produção de alimentos e concentração de terras é defendida e praticada pelo MST? Que cada vez mais se trabalha para trabalhar e principalmente as mulheres da classe-que-vive-do-trabalho são as mais prejudicadas e não tem mais tempo: se alimentam precariamente, e vendem a força de trabalho na hora do almoço ou durante as poucas horas que teriam de sono, pensando na próxima refeição ou nas contas a pagar. E isso não é urgente e importante?

E porque não mergulho junto ao protagonista? Talvez se o crítico lesse um pouco mais do que apenas a poesia do Brecht que cita como título – em alusão à minha citação no debate como norteadora da montagem do filme – veria que o cinema que tem diante de si para criticar em SEM RAIZ, necessita de uma reinvenção desta sua crítica viciada em ISO 9001. E por último, faz-se necessário dizer que lendo a crítica: mais uma vez se falseia elementos tão importantes de SEM RAIZ, como a encenação (ou mise-en-cène, como preferir) e as atuações.

Atuações tão verdadeiras e vivas como o são as atuações das protagonistas deste filme, desmascaram a grande falsidade e o maneirismo de boa parte do cinema brasileiro e mundial. Lendo a crítica, parece que o que fazemos é a coisa mais fácil, primária e pueril do mundo. Mas se trata de um realismo minucioso e vivo, no qual os espectadores podem acompanhar as sutis mudanças nas personagens e em suas relações, com o apuro que o crítico tanto repudia. O que a crítica nem arranha são os comentários dos espectadores comuns depois da sessão de Tiradentes: “a vida é assim mesmo e somos iguais a estas personagens, mas não tem que ser assim.”

Renan Rovida
15 de Março de 2017

 
Crítica de Fabian pela revista Cinética:
http://revistacinetica.com.br/nova/e-a-tempestade-que-faz-dobrar-os-dorsos-dos-operarios-nas-ruas/

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

SEM RAIZ e CAPITAL/INTERIOR na 20ª MOSTRA DE CINEMA DE TIRADENTES

 SEM RAIZ e CAPITAL/INTERIOR na 20ª MOSTRA DE CINEMA DE TIRADENTES
É com imensa satisfação que partilhamos que tivemos dois filmes selecionados para 20ª MOSTRA DE CINEMA DE TIRADENTES, o longametragem SEM RAIZ, de Renan Rovida, na competitiva MOSTRA AURORA, e o curtametragem CAPITAL/INTERIOR, de Danilo Dilettoso e Talita Araujo, na MOSTRA PANORAMA. As duas estreias em um festival que traz a público o cinema independente com critério estético e político é realmente uma alegria para o Tela Suja Filmes.




Veja mais: 
http://www.mostratiradentes.com.br/noticia/plataforma-de-invencao-do-cinema-brasileiro-a-mostra-aurora-em-tiradentes-completa-10-anos
http://www.mostratiradentes.com.br/noticia/20-mostra-tiradentes-anuncia-selecao-de-72-curtas-de-11-estados-na-programacao-do-evento

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

SETEMBRO - CINECLUBE AS VEIAS ABERTAS DO CINEMA LATINO AMERICANO

O COLETIVO TELA SUJA FILMES e a FILMES DE ABRIL convidam para o

CINECLUBE AS VEIAS ABERTAS DO CINEMA LATINO AMERICANO 

A mostra itinerante, que terá exibições de MAIO a NOVEMBRO de 2015 nas cidades de SÃO PAULO, SÃO BERNARDO DO CAMPO, SUMARÉ e TAUBATÉ, visa aprofundar o contato e a reflexão conjunta ao público sobre o cinema polícitco latino-americano produzido a partir de meados dos anos 60 até os dias de hoje. Neste ciclo, foi feito o recorte com filmes de ARGENTINA, BRASIL e CUBA. O Filme de SETEMBRO é:


LA PELÍCULA DE ANA
Direção de DANIEL DÍAZ TORRES
Longametragem, ficção, Havana, 2012, digital, cor, 157 min, Cuba.



Ana é uma atriz profissional sem muita sorte na carreira. A artista coloca à prova suas habilidades e torna-se, em circunstâncias excepcionais, diretora de cinema.
Como cineasta se atreve a filmar um documentário inusitado sobre a prostituição em Cuba, que a inclui entre os protagonistas. Mas as peripécias de Ana e as complexas consequências dessas aventuras apenas começaram.




TAUBATÉ
11 de SETEMBRO de 2015, sexta-feira, as 19h00
Centro Cultural Municipal  - Sala Mazzaropi
Praça Coronel Vitoriano, 1- Centro - Taubaté - SP

SÃO PAULO
12 de SETEMBRO de 2015, sábado, às 15h00
Cineclube Latino Americano Juan Carlos Arch
Sala de Cinema no Pavilhão da Criatividade Darcy Ribeiro 
Fundação Memorial da América Latina
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 - Barra Funda - São Paulo - SP

SUMARÉ
17 de SETEMBRO  de 2015, quinta-feira, as 19h00
Fábrica de Cultura e Lazer Flaskô 
Rua Marcos Dutra Pereira, 300 - Parque Bandeirantes - Sumaré - SP

SÃO BERNARDO DO CAMPO
18 de SETEMBRO de 2015, sexta-feira, as 18h00
Bibioteca de Arte Ilva Aceto Maranesi
Pinacoteca de São Bernardo do Campo 
Rua Kara, 105 - Jardim do Mar - São Bernardo do Campo - SP

Informações:
telasujafilmes@gmail.com / filmesdeabril@gmail.com
www.telasujafilmes.com / www.filmesdeabril.com.br

Observações:
Sujeito a lotação dos espaços.


Nuestro objetivo final es nada menos que lograr la integración del cine latinoamericano. Así de simple, y así de desmesurado. 
    Gabriel García Márquez.



TELA SUJA FILMES no 6º Festival Flaskô Fábrica de Cultura

COLETIVO TELA SUJA FILMES participa com grande orgulho do 6º FESTIVAL FLASKÔ FÁBRICA DE CULTURA.




sexta-feira, 14 de agosto de 2015

AGOSTO - CINECLUBE AS VEIAS ABERTAS DO CINEMA LATINO AMERICANO

O COLETIVO TELA SUJA FILMES e a FILMES DE ABRIL convidam para o
CINECLUBE AS VEIAS ABERTAS DO CINEMA LATINO AMERICANO

A mostra itinerante, que terá exibições de MAIO a NOVEMBRO de 2015 nas cidades de SÃO PAULO, SÃO BERNARDO DO CAMPO, SUMARÉ e TAUBATÉ, visa aprofundar o contato e a reflexão conjunta ao público sobre o cinema político latino-americano produzido a partir de meados dos anos 60 até os dias de hoje. Neste ciclo, foi feito o recorte com filmes de ARGENTINA, BRASIL e CUBA. O Filme de JULHO é:


A$SUNTINA DAS AMÉRIKAS
Direção de LUIZ ROSEMBERG FILHO
Longametragem, ficção, RJ, 1976, 16mm, cor, 90 min, Brasil.


Uma prostituta, num período de 24 horas, acorda, briga com a mãe, anarquisa o filho, namora papai noel, um Urso Azul e duas amiguinhas e por fim se encontra com o velho amante milionário.

ASSUNTINA DAS AMÉRIKAS: uma ópera, um musical, uma comédia, um gesto colorido de liberdade criativa. Assuntina é procurada pela câmera não como uma mulher-história, portadora de determinadas idéias políticas. Inclusive, inexiste fidelidade a uma só imagem determinada de mulher. E em lugar da verdadeira mulher (Sara, de “Terra em Transe”), temos um objeto amargo, superficial, fechado na procura de sua identidade. E por que a necessidade de uma política de mentiras para suportar a vida? O que é a honestidade existencial? Razão ou anti-razão? Sigo perguntando como um aluno rebelde. Meus fantasmas se desdobram num tempo sofrido de procura. Assuntina é a história de uma procura externa, com pequenos dados ilustrativos do mundo interior. Assuntina é o meu novo caminho, não sendo o único existente. (Luiz Rosemberg Filho)

TAUBATÉ
14 de AGOSTO de 2015, sexta-feira, as 19h00
Centro Cultural Municipal  - Sala Mazzaropi
Praça Coronel Vitoriano, 1- Centro - Taubaté - SP

SÃO PAULO
15 de AGOSTO de 2015, sábado, às 15h00
Cineclube Latino Americano Juan Carlos Arch
Sala de Cinema no Pavilhão da Criatividade Darcy Ribeiro 
Fundação Memorial da América Latina
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 - Barra Funda - São Paulo - SP

SUMARÉ
20 de AGOSTO  de 2015, quinta-feira, as 19h00
Fábrica de Cultura e Lazer Flaskô 
Rua Marcos Dutra Pereira, 300 - Parque Bandeirantes - Sumaré - SP

SÃO BERNARDO DO CAMPO
28 de AGOSTO de 2015, sexta-feira, as 18h00
Bibioteca de Arte Ilva Aceto Maranesi
Pinacoteca de São Bernardo do Campo 
Rua Kara, 105 - Jardim do Mar - São Bernardo do Campo - SP

Informações:
telasujafilmes@gmail.com / filmesdeabril@gmail.com
www.telasujafilmes.com / www.filmesdeabril.com.br

Observações:
Sujeito a lotação do espaço.


Confiram os detalhes das exibições no flyer abaixo e na página do projeto: CINECLUBE AS VEIAS ABERTAS DO CINEMA LATINO AMERICANO



Nuestro objetivo final es nada menos que lograr la integración del cine latinoamericano. Así de simple, y así de desmesurado. 
Gabriel García Márquez


Visite nosso site www.telasujafilmes.com.

TELA SUJA FILMES na FESTA & IDEIAS da KIWI CIA DE TEATRO

Exibimos o curtametragem ENTRE NÓS, DINHEIRO, dirigido por Renan Rovida, neste sábado, 08 de Agosto de 2015, uma festaartisticapolitica como eles dizem!
Agradecemos demais pelo convite!

terça-feira, 28 de julho de 2015

DEBATE: ROTEIRO ANTICOLONIALISTA, com FRANCIS VOGNER e THIAGO MENDONÇA

“ROTEIRO ANTICOLONIALISTA 
- Estética de Resistência, Luta e Poesia – da perspectiva do roteiro cinematográfico” 
– com Francis Vogner e Thiago Mendonça.



O COLETIVO TELA SUJA FILMES e a FILMES DE ABRIL dão prosseguimento às ações do projeto AS VEIAS ABERTAS DO CINEMA LATINO AMERICANO. Nossa pesquisa cinematográfica se debruça no cinema político produzido na América Latina, a partir de meados dos anos 60 até os dias de hoje.
Desta vez com um debate com FRANCIS VOGNER e THIAGO MENDONÇA, dois grandes roteiristas e cineastas que respeitamos e admiramos por não abrirem concessões em suas obras e em suas posições políticas.
Estamos ansiosos em partilhar a presente reflexão e esperamos a todos!

Quando: 
02 de Agosto de 2015 às 16h00

Onde: 
Cineclube Latino Americano Juan Carlos Arch
Sala de Cinema no Pavilhão da Criatividade Darcy Ribeiro 
Fundação Memorial da América Latina
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664
Barra Funda - São Paulo - SP

Informações:
telasujafilmes@gmail.com / filmesdeabril@gmail.com 
www.telasujafilmes.com / www.filmesdeabril.com.br

ENTRADA GRATUITA!



DEBATE NA KIWI CIA DE TEATRO

A Kiwi Cia Teatro promove debate sobre arte, cinema popular, vídeo popular e militância e conta com a participação do integrante do Tela Suja Filmes, Renan Rovida.
Saiba mais:




sexta-feira, 3 de julho de 2015

JULHO - CINECLUBE AS VEIAS ABERTAS DO CINEMA LATINO AMERICANO

O COLETIVO TELA SUJA FILMES  e a FILMES DE ABRIL
convidam para o

CINECLUBE
AS VEIAS ABERTAS DO CINEMA LATINO AMERICANO

A proposta da mostra itinerante, através do Cineclube As Veias Abertas do Cinema Latino Americano, visa aprofundar o contato e a reflexão conjunta ao público sobre o cinema político latino-americano produzidoa partior de meados dos anos 60 até os dias de hoje. Neste ciclo, foi feito o recorte com filmes de Argentina, Brasil e Cuba. No mês de JULHO teremos o terceiro filme da mostra itinerante:

SERÉ MILLONES
de Omar Neri, Fernando Krichmar e Mónica Simoncini
Longametragem, Ficção, Buenos Aires, 2014, Digital, Cor, 103 min, Argentina.


QUANDO ERAM JOVENS ROUBARAM UM BANCO. HOJE VOLTARIAM A FAZÊ-LO.



Em janeiro de 1972, durante a ditadura do General Lanusse na Argentina, um grupo de militantes revolucionários ocuparam o Banco Nacional do Desenvolvimento, localizado a poucos metros da Casa do Governo, expropriando para a causa revolucionária a soma de 450 milhões de pesos argentinos (aproximadamente 10 millões de dólares atualmente).
Isso foi possível graças a Oscar Serrano e Ángel Abus - militantes e empregados do banco - que prepararam durante dois anos o que se converteria no maior golpe as finanças da ditadura. Quarenta anos depois, Oscar e Ángel recriam juntos a um grupo de atores aqueles feitos que mudaram suas vidas. Neste diálogo entre gerações, os jovens transformam seu olhar sobre a militância e o compromisso com os anos passados.
Narrado atrvés de várias camadas cinematográficas, Seré Millones propõe um relato inovador onde não estão ausentes o humor, o rigor da investigação histórica e nem o sentido épico de um época.

Os detalhes das exibições:

SÃO PAULO
11 de JULHO de 2015, sábado, às 15h00
Cineclube Latino Americano Juan Carlos Arch
Sala de Cinema no Pavilhão da Criatividade Darcy Ribeiro 
Fundação Memorial da América Latina
Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 - Barra Funda - São Paulo - SP

SUMARÉ
16 de JULHO  de 2015, quinta-feira, as 19h00
Fábrica de Cultura e Lazer Flaskô 
Rua Marcos Dutra Pereira, 300 - Parque Bandeirantes - Sumaré - SP

SÃO BERNARDO DO CAMPO
17 de JULHO de 2015, sexta-feira, as 18h00
Bibioteca de Arte Ilva Aceto Maranesi
Pinacoteca de São Bernardo do Campo 
Rua Kara, 105 - Jardim do Mar - São Bernardo do Campo - SP

TAUBATÉ
31 de JULHO de 2015, sexta-feira, as 19h00
Centro Cultural Municipal  - Sala Mazzaropi
Praça Coronel Vitoriano, 1- Centro - Taubaté - SP

Informações:
telasujafilmes@gmail.com / filmesdeabril@gmail.com 
www.telasujafilmes.com / www.filmesdeabril.com.br
www.seremillones.com.ar

Observações:
Sujeito a lotação do espaço.


Nuestro objetivo final es nada menos que lograr la integración del cine latinoamericano. Así de simple, y así de desmesurado. 
(Gabriel García Márquez)